quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ELETROENCEFALOGRAMA.




O Eletroencefalograma (EEG) é uma técnica de exame cerebral usada desde 1929, depois da descoberta do psiquiatra alemão Hans Berger de que o cérebro gerava uma atividade elétrica capaz de ser registrada.

Na prática o Eletroencefalograma é realizado através da colocação de eletrodos na pele da cabeça do paciente que são conectados à um poderoso amplificador de corrente elétrica. Esse amplificador aumenta a amplitude do sinal elétrico gerado pelo cérebro milhares de vezes e, através de um dispositivo chamado galvanômetro, as oscilações para mais ou para menos dessa corrente elétrica são desenhadas numa tira de papel sob a forma de ondas. Os eletroencefalógrafos mais modernos permitem o registro simultâneo de até 40 canais (eletrodos).

Fisiologicamente sabe-se que as características das ondas elétricas cerebrais variam conforme o funcionamento (situação funcional) do órgão. As maiores variações se observam entre os estados de vigilância, ou seja, entre o estar acordado, dormindo, sonolento, em coma, etc.

O eletroencefalograma é usado em neurologia e psiquiatria, principalmente para auxiliar no diagnóstico de doenças do cérebro, tais como as epilepsia, as desordens do sono e alguns tipos de tumores cerebrais.
De 1930 até bem pouco tempo atrás, a eletroencefalografia esteve quase estagnada e com aplicação médica perdendo terreno seguidamente para outros métodos de diagnóstico e de exames. Nas últimas décadas, entretanto, a informática foi acoplada ao método eletroencefalográfico e novos horizontes se descortinaram.

Uma dessas novas aplicações do EEG é tentar localizar com exatidão os focos epilépticos ou tumores cerebrais. Os focos epilépticos são pequenas regiões no cérebro onde a atividade elétrica se apresenta anormal. Pela observação neurologista que interpreta o EEG é capaz de deduzir em onde exatamente esta anormalidade está situada.
Entretanto, a interpretação pessoal dos traçados é muito difícil quando o número de canais é grande ou a natureza da anomalia é complexa. Vem daí a necessidade de se acoplar ao processo os requintes da informática. Com isso foi possível a elaboração de um mapeamento cerebral eletricamente determinado.

A informática, através de softwares próprios e de cálculos matemáticos complexos tem sido usada para realizar mapeamentos cerebrais coloridos. Este tipo de exame é chamado de EEG Quantitativo, em contra-partida da avaliação qualitativa da eletroencefalografia tradicional.

A topografia cerebral oferecida pelo EEG foi possível devido ao grande número de eletrodos colocados na cabeça e da resolutividade dos computadores. O mapeamento cerebral colorido gerado pelos computadores e pelas impressoras coloridas avalia a quantidade da atividade elétrica de uma determinada região através das diversas tonalidades de cor. Nesse método as cores roxa e preta representam baixa amplitude das ondas elétricas, enquanto o vermelho e o amarelo podem representar amplitudes maiores.

O EEG Quantitativo proporciona uma avaliação mais precisa da atividade cerebral, dando uma visão gráfica mais acurada da localização de alterações elétricas. A informática também proporciona animações dinâmicas das imagens cerebrais, facilitando o estudo da função cerebral e do cérebro em ação.
Atualmente as principais indicações do EEG Quantitativo é determinar localização precisa de tumores cerebrais, bem como a localização precisa de doenças focais do cérebro, incluindo entre elas a epilepsia, as alterações vasculares e derrames.

Em psiquiatria, o EEG Quantitativo tem sido usado para estabelecer diferenças entre vários diagnósticos, tais como a hiperatividade e os distúrbios da atenção em crianças, as demências senis ou não, a atrofia cerebral, a esquizofrenia, e até alguns casos de depressão. Em neurologia o EEG Quantitativo, além dos focos epilépticos, é útil na monitoração da abstinência de drogas, em infeções do cérebro, nos estados de coma, de narcolepsia e no acompanhamento pós-operatório de pacientes que foram submetidos à cirurgia cerebral.

O futuro do EEG Quantitativo será proporcional ao futuro acoplamento de métodos digitais de análise de sinais e de processamento de imagens pelos computadores futuros.

 Aluna: Vania Maria.
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=356&sec=42

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